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sexta-feira, 28 de julho de 2006

RELACIONAMENTOS



Entramos num relacionamento à procura de alguém que queira o mesmo que nós.
Queremos alguém que goste do mesmo que nós. Queremos alguém que se encaminhe na mesma direcção que nós. No nosso inconsciente, acreditamos que, se existir alguém parecido connosco, isso significa que as coisas não serão assim tão más. Sem o percebermos, partimos em busca de nós mesmos, acreditando que, se nos conseguirmos encontrar seremos felizes. O que acontece, na realidade, é que nem sempre gostamos daquilo uqe somos porque nos esquecemos da verdade.
Julgamos necessitar de conserto - não de uma cura, mas de um conserto, o que é bem diferente. Consequentemente, quando nos vemos reflectidos noutra pessoa, nos nossos padrões, nos nossos familiares, nos nossos amigos, ocupamo-nos do conserto deles e esquecemos a nossa cura. Existe também a questão do equilibrio.
O amor deseja que curemos a nossa concepção de equilibrio e de totalidade.
O princípio universal de polaridade, que explica o conceito de equilíbrio, explica que tudo é dual. Tudo tem dois pólos. Tudo tem o seu par complementarmente oposto. O igual e o desigual são idênticos na sua natureza, se bem que sejam diferentes em grau. Os extremos atraem-se. O equilibrio é ter duas coisas diferentes, em lados opostos da escala, que têm aspectos e formas de agir diversas, mas que na realidade são extremos da mesma coisa. Os extremos são fundamentais para a totalidade.Um exemplo: se chega sempre a tempo, irá provavelmente atrair alguém que não possui relógio e que chega sempre atrasado. A isto dá-se o nome de equilíbrio. Se observarmos as leis universais, temos luz e escuridão, cima e baixo, bom e mau, macho e fêmea. São todos complementares. Saõ todos constituídos pela totalidade e pela complementaridade. A lição que se deve reter é a lição da aceitação, da tolerância, da harmonia. Aprenda a trabalhar em conjunto. O amor resume-se também a isto. Não tente criar uma cópia sua a papel químico, porque o equilibrio não é isso.
Continuamos à procuar da igualdade quando a cura necessita da tolerãncia, da aceitação, do amor incondicional que é constituido por uma diferença complementar. Se a pessoa que é pontual se casar com a pessoa que chega sempre atrasada, têm a oportunidade de se ensinarem e curarem mutuamente. A pessoa pontual tem a opurtunidade de ensinar que « olha, tens de ser responsavél! Tens de agir responsavelmente! Tens de respeitar e honrar o tempo das outras pessoas! » A pessoa que chega sempre atrasada tem a oportunidade de ensinar que « Tens de te descontrair porque a vida é demasiado curta! Não enlouqueças!1 Quando chegares, chegaste! » Trabalhando conjuntamente, essas duas pessoas chegarão a um consenso razoável. « Faremos um esforço para chegar a horas. Se tal não acontecer, não nos iremos matar um ao outro! Eu não te irei espancar! Tu não ficarás zangado! Não deixarei de falar contigo!» Ambos os lados ensinam, ambos aprendem a edificar a cura e o equilíbrio necessários para que exista amor incondicional. A igualdade não cura. Permite-nos esconder as coisas que pensamos e sentimos sobre nós próprios no armário.
Deve aprender a aceitar e a perdoar as pessoas, de modo a conseguir curar-se! Este é um grande, grande passo.
Este passo necessita que você veja as pessoas como Deus as vê - como pequenas e inocentes crianças que tentam encontar o seu caminho para casa. Isto significa que deve olhar para aquilo que faz e não para aquilo que lhe foi feito. Significa que deve examinar aquilo que o faz responder a pessoas e situações do modo como responde - isto é, aquilo que sente e porque é que o sente. Com estas informações irá perceber que cada experiência que tem, tal como o resultado de cad uma dessas experiências representam uma oportunidade de recriar o seu modo de resposta. Esta revelação iniciará a sua cura. Esta revelação iniciará a cerimónia fúnebre do seu velho « eu ».

( Retirado do livro-Esperando o Amor de Iyanla Vanzant )