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sábado, 30 de junho de 2007

CANALIZAÇÃO


O guerreiro da luz não tem medo de parecer louco.

Ele fala em voz alta, consigo mesmo, quando está sozinho.

Alguém lhe ensinou que esta é a maneira de comunicar com os anjos, e ele arrisca o contacto.

No começo, nota como é difícil.

Pensa que nada tem a dizer, que vai ficar a repetir tolices sem sentido.

Mesmo asim o guerreiro insiste.

Todo o dia conversa com o seu coração.

Diz coisas com as quais não concorda, diz tolices.

Um dia, percebe a mudança na sua voz.

E entende que está a canalizar uma sabedoria maior.


O guerreiro parece louco, mas isso é apenas um disfarce...


( Manual do Guerreiro da Luz- Paulo Coelho )

terça-feira, 26 de junho de 2007

A RESIDÊNCIA DIVINA




O Paraíso serve a muitos propósitos na administração dos reinos universais, contudo, para os seres criaturas, ele existe, primordialmente, como o local de morada da Deidade. A presença pessoal do Pai Universal é residente no centro exato da superfície superior dessa morada quase circular, mas não esférica, das Deidades. Essa presença do Pai Universal no Paraíso é imediatamente rodeada pela presença pessoal do Filho Eterno, ao mesmo tempo em que são ambos revestidos pela glória indescritível do Espírito Infinito.
Deus habita, tem habitado e para sempre irá habitar nessa mesma morada central e eterna. Nós O temos sempre encontrado e sempre O encontraremos lá. O Pai Universal é cosmicamente focalizado, espiritualmente personalizado e geograficamente residente nesse centro do universo dos universos.
Todos sabemos qual é o caminho direto a percorrer para encontrar o Pai Universal. Vós não sois capazes de compreender muito sobre a residência divina, por sua distância de vós e pela imensidão do espaço que vos separa dela; no entanto, aqueles que são capazes de compreender o significado dessas distâncias enormes conhecem a localização e a residência de Deus, tal como vós, certa e literalmente, sabeis a localização de Nova Iorque, Londres, Roma ou Cingapura, cidades definidas e geograficamente localizadas em Urântia. Se fôsseis navegadores inteligentes, equipados com uma nave,
mapas e bússola, vós iríeis achar essas cidades prontamente. Do mesmo modo, se tivésseis o tempo e os meios de viajar, se fôsseis espiritualmente qualificados e se tivésseis o norteamento necessário, vós poderíeis ser pilotados de universo a universo e de circuito a circuito, em uma jornada sempre para o interior, através dos reinos estelares, até que, por fim, estaríeis diante do resplendor central da glória espiritual do Pai Universal. Providos com tudo o que for necessário para a viagem, é tão possível encontrar a presença pessoal de Deus no centro de todas as coisas quanto encontrar cidades distantes no vosso próprio planeta. Que vós não haveis ainda visitado esses locais, de nenhum modo contesta a realidade deles; nem a sua existência factual. Pois, se poucas são as criaturas do universo que se hajam encontrado com Deus no Paraíso, de nenhum modo isso invalida, seja a realidade da existência Dele, seja a factualidade da Sua pessoa espiritual no centro de todas as coisas.
O Pai pode ser sempre encontrado nessa localização central. Se Ele se movesse, um pandemônio universal precipitar-se-ia, pois Nele convergem, nesse centro residencial, as linhas universais de gravidade, vindas desde os confins da criação. Se remontarmos ao circuito da personalidade através dos universos, ou se seguirmos as personalidades em ascensão, na sua jornada interior até o Pai; se traçarmos as linhas da gravidade material até o Paraíso Inferior, ou se seguirmos os ciclos emergentes de força cósmica; se traçarmos as linhas da gravidade espiritual até o Filho Eterno, ou se seguirmos a procissão na direção interna dos Filhos de Deus do Paraíso; se traçarmos os circuitos da mente ou se seguirmos os trilhões de trilhões de seres celestes que nascem do Espírito Infinito – por meio de qualquer dessas observações, ou por todas elas, seremos conduzidos de volta diretamente até a presença do Pai, na Sua morada central. Aqui, Deus está, pessoal, literal e efetivamente presente. E deste Ser infinito fluem os caudais das correntes da vida, da energia e da personalidade, para todos os universos.

( O livro da Urantia)

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O MESTRE



No Zen, o Mestre não é um mestre de outros, mas um Mestre de si mesmo.Cada gesto seu, e cada uma de suas palavras refletem a sua condição de iluminado.Ele não tem objectivos pessoais, nenhum desejo de que alguma coisa seja diferente do que é. Seus discípulos se reúnem à sua volta, não para segui-lo, mas para embeber-se da sua presença e para serem inspirados pelo seu exemplo.


Nos olhos do mestre eles encontram a própria verdade deles reflectida, e no silêncio eles encontram com maior facilidade e seu próprio silêncio interior.O Mestre dá-lhes as boas-vindas, não porque queira liderá-los, mas porque ele tem muito para compartilhar.Juntos, eles criam um campo de força que dá apoio a cada um isoladamente, para que encontre a sua própria luz.




( O Tarô Zen do Osho )

quarta-feira, 13 de junho de 2007

SERENIDADE


Um enorme espaço silencioso acolhe a totalidade da Natureza no seu abraço.

E também o acolhe a si.

Só quando estiver tranquilo por dentro é que poderá ter acesso ao reino da serenidade em que as rochas, as plantas e os animais vivem.

Só quando o barulho da sua mente diminuir é que conseguirá unir-se profundamente à Natureza e superar a impressão de separação criada pelo excesso de pensamentos.

O pensamento racional constitui uma etapa na evolução da vida.

A Natureza vive naquela serenidade inocente anterior ao eclodir da racionalidade.

A árvore, a flor, o pássaro e a rocha não se apercebem da sua própria beleza e carácter sagrado.

Os seres humanos só ultrapassam a racionalidade quando se tornam serenos.

Há uma outra dimensão de conhecimento, de consciência, na serenidade que existe para lá do pensamento.

A Natureza pode oferecer-lhe serenidade. É a dádiva dela para si.

Quando apreende a Natureza e se une a ela num campo de serenidade, esse campo fica impregnado pela sua consciência.

É a sua dádiva à Natureza.

Atravé de si, a Natureza torna-se consciente dela mesma.

Ela tem estado à sua espera, por assim dizer, há milhões de anos...


(A voz da serenidade- Eckhart Tolle )

terça-feira, 12 de junho de 2007

A NATUREZA


Precisamos que a Natureza nos ensine e ajude a voltarmos a unir-nos ao Ser. Mas não só, a Natureza também precisa de nós.
Não estamos separados do mundo natural.
Todos fazemos parte da Vida Única que se manifesta em todo o Universo através de ínumeras formas perfeitamente interligadas.
Ao tomarmos consciência da dimensão sagrada, da beleza, da incrível serenidade e dignidade que existem numa flor ou numa árvore, estamos também a dar-lhes alguma coisa.
Através desse reconhecimento, dessa percepção, também a Natureza chega a conhecer-se a ela mesma.
Apercebe-se, por meio de nós, da sua própria beleza e dimensão sagrada!




( A Voz Da Serenidade- Eckhart Tolle )


domingo, 10 de junho de 2007

A BRAVURA



O adversário é sábio.
Sempre que pode, lança a mão da sua arma mais fácil e mais efectiva: a intriga.
Quando a utiliza, não precisa de fazer muito esforço- porque outros estão a trabalhar para ele. Com palavras mal dirigidas, são destruídos meses de dedicação, anos em busca de harmonia.

Frequentemente, o guerreiro da luz é vítima desta armadilha.
Não sabe de onde vem o golpe, e não tem como provar que a intriga é falsa.
A intriga não permite o direito de defesa: condena sem julgamento.
Então ele aguenta as consequências e as punições imerecidas- pois a palavra tem poder e ele sabe disso. Mas sofre em silêncio e nunca usa a mesma arma para atacar o adversário.



Um guerreiro da luz não é cobarde...


( Manual do guerreiro da luz-Paulo Coelho)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

RENDIÇÃO


Até que os seus joelhos finalmente batam no chão, você só está a brincar à vida.

O momento da rendição não é quando a vida termina.É quando ela começa.


Não que esse momento de descoberta- esse apelo a Deus- seja a suprema felicidade e que daí em diante seja tudo um Paraíso. Você iniciou simplesmente a escalada. Mas percebe que já não está a andar em círculos em torno do sopé da montanha, sem chegar realmente a lado nenhum, a sonhar com o topo mas sem saber como há de lá chegar. Para muita gente, as coisas têm de ficar muito negras para que se opere uma mudança. Quando você bate verdadeiramente no fundo, dá-se uma libertação estimulante.

O reconhecimento de que há um poder no Universo maior do que o seu e que este poder pode fazer por si aquilo que você não pode. De repente, o seu último recurso parece ser uma solução muito boa.

É irónico. Passa a sua vida inteira a resistir à noção de que existe alguém mais esperto do que você e, então, de repente, fica muito aliviado por perceber que afinal isso é verdade. De repente, já não é demasiado orgulhoso para pedir ajuda.

É isso que significa render-se a Deus...
( Marianne Williamson-Regresso ao Amor)

sábado, 2 de junho de 2007

YIN E YANG


A nossa parte femenina, capaz de se render, é passiva.Não faz nada. O processo de espiritualização - tanto nos homens como nas mulheres- é um processo de feminização, um serenar da mente. É o culto do magnetismo pessoal.

Este aspecto atractivo, receptivo e femenino da nossa consciência é o espaço da rendição mental. Na filosofia taoísta, o "yin" é o princípio femenino, representando as forças da Terra, enquanto que o "yang" é o masculino representando o espírito.

Quando Deus é referido como sendo "Ele", então toda a humanidade se torna "Ela". Isto não é uma questão de homem-mulher.

A referência a Deus como um princípio masculino não colide de maneira nenhuma com a convicção femenista. O nosso lado femenino é tão importante como o masculino.

A relação certa entre o príncipio masculino e femenino é a de que o femenino se rende ao masculino. Rendição não é fraqueza nem perda. É uma não-resistência poderosa. Através da abertura e da receptividade da consciência humana, o espírito é autorizado a penetrar nas nossas vidas e a dar-lhes significado e orientação. Em termos crísticos, Maria simboliza o femenino que existe dentro de nós e que é fecundado por Deus.

A fêmea permite este processo e realiza-se ao render-se a ele, não representando fraqueza da parte dela, mas sim força.

Cristo na Terra tem Deus como pai e a nossa humanidade como mãe.

Através de uma ligação mística entre o humano e o divino, nós damos à luz o nosso Ser mais elevado...


( Regresso ao Amor- Marianne Williamson )